Olhar para trás nem sempre é tão fácil, menos ainda
identificar as 10 maiores tendências do mundo do vinho da década passada, mas a
revista The Drink Business acertou em cheio. A partir do debate sobre rolhas até o
fenômeno China os maiores trends estão mais o menos todos aí. Vamos ver em
contagem regressiva.
10) Os Pinots
A casta francesa conquista o décimo lugar e os terroirs de metade do planeta. De Nova
Zelândia aos EUA, passando pelo pinot grigio italiano, não há vinícola que não
tenha pelo menos tentado vinificar a caprichosa pinot. Por que? Simples: ter um
estilo Borgonha em catalogo faz muito chique, cúmplice, entre outros, o film
Sideways que em 2004 "decretou" sua definitiva superioridade sobre a prima
Merlot.
9) A guerra contra o
álcool
Aumenta o consumo de bebidas alcoólicas e começa a guerra
contra o álcool; mas nesta luta somente uma coisa está certa: ninguém demonstra
sequer um mínimo de lucidez, nem os a favor, nem os contra – as associações ou
os políticos que a apóiam as respectivas idéias. Quem perde primeiro são os produtores.
8) Cortiça, metal,
plástico
A rolha clássica vai se tornando mercadoria cada vez mais
rara, mas as alternativas têm resposta lenta nos mercados mundiais. A rolha em
silicone não emplacou e a de rosca (screw-cap) faz torcer o nariz aos puristas.
A de vidro parece uma alternativa bacana, mas quase ninguém parece ter
percebido.
7) Os cult wines
Lentamente, mas implacavelmente, os grandes vinhos estão
substituindo a Beyoncé nas revistas do mundo inteiro. Cada novo recorde batido
nos leiloes desperta excitação e maravilha. Lafite é o mais disputado nos
mercados asiáticos, mas os usuais Romanée Conti e Petrus continuam fortes.
6) O ambientalismo
Vinho orgânico, biológico, sustentável, natural,
biodinâmico, etc. Enfim, limpo, justo e bom. Esperando que não seja uma
tendência passageira.
5) Mais Premium
Um fenômeno que afetou principalmente o mercado dos
super-alcoólicos. Um exemplo, em breve: os consumidores de vodca não se
contentam mais do “o de sempre” e querem algo diferente, estando dispostos a
pagar mais. Então lá vai grappa em barrica, seleção de rum impossível, e
tequila envelhecida cem anos...
4) Borbulhas
Prosecco, what
else? Em 2010 superou Champagne em volume nos mercados americanos e
ingleses, mas em geral, devido também à facilidade de harmonização com qualquer
prato, o fenômeno sparkling está literalmente “estourando” no mundo inteiro.
3) O ressurgimento dos rosés
Estão voltando de moda. Dos complexos e tradicionais de
Provençe e Languedoc, aos mais leves white zinfandels californianos, passando
por bons “rosatos” italianos. E, obviamente, também espumantes, de novo.
2) A China
Não tem competição: 300.000.000 novos ricos fariam tremer
qualquer um, imagine o mundo do vinho. E ainda, meio século de comunismo
cancelou nos chineses a idéia do luxo, e agora que eles finalmente têm cacife, querem “copiar”
os europeios, considerados como mestres na refinada arte do savoir vivre.
1) Internet
A comunicação do vinho mudou e hoje tem na internet um dos
maiores canais de divulgação e venda. Detalhe, sem esta revolução vocês não estariam
lendo este artigo, nao é?
Esquecemos algo?
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