Neve junto ao fogo: estas imagens podem ser até românticas, mas de fato representam um
verdadeiro drama para os produtores de Borgonha e Vale do Loire. Este é mais um
resultado do clima maluco que vai dar para a safra de 2016 perdas de 30% até
100% da produção, dependendo do local.
No final de Abril, França e Áustria
foram atingidos por um dos maiores frios já vistos em 3 décadas. As baixíssimas
temperaturas obrigaram alguns produtores a acender fogueiras ao longo das
parreiras para tentar amenizar o problema e trazer um pouco de calor para as
plantas.
De fato a prática é até difundida
nas áreas com perigo de geadas: aquele fogo é uma espécie de cobertor que os
vinhateiros colocam nas costas das próprias vinhas. E aonde o fogo-cobertor não
chega se utiliza água: os sprinklers (tipo
os irrigadores utilizados em jardins) jogam água continuamente nas videiras, deixando
assim formar uma camada de gelo em volta da planta que a manterá estável a zero
grau, mesmo se a temperatura ambiente despencar muito abaixo.
Alguns criticam estas escolhas por
serem ambas caras em termos de custo, trabalho e danos ao meio-ambiente: uma
polui liberando dióxido de carbono e a outra prevê o desperdiço de grandes
quantidades de água. Fatos incontestáveis, mas por outro lado temos também que
nos colocar no lugar do vinhateiro e enxergar estas práticas como uma última
tentativa de não perder em apenas um dia o trabalho de um ano inteiro.
Você está de qual lado?
Interessante. Acredito que o lucro na venda justifique a ação.
ResponderExcluir