Vinopoly

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Clima frio leva á escolhas radicais na Borgonha. Você está de qual lado?


Neve junto ao fogo: estas imagens podem ser até românticas, mas de fato representam um verdadeiro drama para os produtores de Borgonha e Vale do Loire. Este é mais um resultado do clima maluco que vai dar para a safra de 2016 perdas de 30% até 100% da produção, dependendo do local.

No final de Abril, França e Áustria foram atingidos por um dos maiores frios já vistos em 3 décadas. As baixíssimas temperaturas obrigaram alguns produtores a acender fogueiras ao longo das parreiras para tentar amenizar o problema e trazer um pouco de calor para as plantas.

De fato a prática é até difundida nas áreas com perigo de geadas: aquele fogo é uma espécie de cobertor que os vinhateiros colocam nas costas das próprias vinhas. E aonde o fogo-cobertor não chega se utiliza água: os sprinklers (tipo os irrigadores utilizados em jardins) jogam água continuamente nas videiras, deixando assim formar uma camada de gelo em volta da planta que a manterá estável a zero grau, mesmo se a temperatura ambiente despencar muito abaixo.

Alguns criticam estas escolhas por serem ambas caras em termos de custo, trabalho e danos ao meio-ambiente: uma polui liberando dióxido de carbono e a outra prevê o desperdiço de grandes quantidades de água. Fatos incontestáveis, mas por outro lado temos também que nos colocar no lugar do vinhateiro e enxergar estas práticas como uma última tentativa de não perder em apenas um dia o trabalho de um ano inteiro.

Você está de qual lado?




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